Vereadores, presidentes de conselhos e populares comparecem a sessão ordinária em praça pública
A segunda sessão do projeto Câmara Itinerante, realizada na forma de sessão ordinária, aconteceu ontem (20), pela primeira vez num bairro de Caicó. O projeto Câmara Itinerante foi implantada no mês de abril deste ano, e teve a sua primeira edição no Distrito de Laginhas. A sessão feita em praça pública no bairro Barra Nova - zona oeste da cidade – contou com a participação dos vereadores José Maria (PR); Almir Filho (PC do B); Leleu Fontes (PDT), Milton Batista (PR); Paulo Roque (PR); Lobão Filho (PMDB); Cláudio Sandêgi (PV); Dr. Valdemar (PR); Dr. Julio Gregório (PMDB) e Sandoval da Silva (PP). Também se fizeram presentes, diversos presidentes de conselhos e, seus respectivos moradores. A zona oeste da cidade compreende nove bairros: Barra Nova; Paulo VI; Walfredo Gurgel; João XXIII; Frei Damião; João Paulo II; Soledade; Casas Populares e, Adjunto Dias.
Segundo o vereador Claudio Sandêgi (PV), vice presidente da câmara, o objetivo do projeto é mostrar o trabalho realizado pela câmara de forma justa para que, as pessoas possam tomar conhecimentos como é que funciona realmente a parte burocrática da câmara e também as ações dos vereadores. A primeira zona escolhida da cidade segundo o vereador Claudio Sandêgi foi uma opção pensada. “Vamos começar pela zona oeste da cidade, onde nós sabemos que têm muitos problemas aqui na zona oeste, então nós viemos aqui. Já venho a nossa equipe, já ouviu a população, nós sabemos realmente das necessidades. Estamos hoje aqui para discutir aqui na câmara, por que realmente a câmara é o local dessas discussões onde a gente pode tomar as iniciativas e buscar soluções para esses problemas” diz o vereador.
Todos os requerimentos e projetos de lei voltados à população da zona oeste foram lidos e discutidos pelos parlamentares. Alguns vereadores ao tomarem a voz da palavra foram ácidos na suas solicitações e críticos em relação aos problemas da zona oeste. Muitos assuntos de urgência tomaram quase toda a sessão. A reformulação da ponte sobre o Rio Barra Nova; a solicitação da reforma do posto de saúde do bairro Barra Nova; a limpeza urbana nos bairros e, a sinalização, reformulação e fiscalização do trânsito na zona oeste, principalmente na faixa que compreende a ponte Barra Nova e a passagem pelo bairro Barra Nova. Segundo os parlamentares a questão do trânsito é um dos principais problemas da zona oeste que precisa de medidas com caráter de urgência.
Muitas lideranças comunitárias estiveram presentes a sessão e estavam ansiosos para que suas reivindicações fossem atendidas. José Ronaldo dos Santos, Presidente do Conselho Comunitário do Bairro Walfredo Gurgel entrou com um oficio junto ao presidente da câmara municipal para que fossem trocado algumas manilhas da Rua João Tomaz de Brito. Segundo o presidente do conselho, as manilhas produzidas de barro têm causando muitos transtornos aos moradores, o presidente também solicitou o calçamento dessa rua no oficio. Questionado sobre a principal reivindicação do bairro o presidente afirma que: “hoje a principal reivindicação é uma já feita há muito tempo. É que fosse concluída a galeria do bairro Walfredo Gurgel, isso resolveria o problema da lama, do esgoto a céu aberto, e até mesmo o esgoto do hospital do Sesp que vem canalizado até o bairro Adjunto Dias e no Walfredo Gurgel passa a céu aberto até chega ao rio Barra Nova” frisa o presidente. Outro presidente de conselho comunitário que estava presente era Reginaldo Luiz, 34 anos, padeiro, a frente do conselho do bairro Barra Nova. Em seu oficio de solicitação pede a construção de uma passarela sobre uma passagem molhada que corta o bairro Walfredo Gurgel do bairro Casas Populares. Segundo ele muitas pessoas usam essa passagem molhada para irem à escola Auta de Souza que se encontra no bairro das Casas Populares. O presidente diz que quando chove fica inviável de passar por lá, trazendo dificuldades para a localidade.
Muitos moradores prestigiavam a sessão e observavam atentas as suas solicitações. Em certos momentos alguns gritavam em protesto por saberem que ali era o momento certo de reivindicar direitos. Umas dessas moradoras era Francisca Maria, 51 anos aposentada que mora no bairro há 47 anos. Ela fala que a reivindicação de um semáforo na entrada da pista que vai em direção ao Hospital Regional é antiga. A aposentada frisa que esse semáforo é um sonho dos moradores. Segundo ela, entra governo e sai governo e essa solicitação não é atendida.
Ivanilson Barros Júnior
