segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ouro impulsiona investimentos no Rio Grande do Norte

Mina Brejuí, Currais Novos/RN




Por: Andrielle Mendes
Repórter

Com a reativação da Mina São Francisco, a 26 km de Currais Novos, a produção de ouro no Rio Grande do Norte saltará de 47,65 gramas, valor registrado pelo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral em 2009, para 3 toneladas a partir de 2013, quando a mina começa a operar. O volume será 62.000 vezes maior que o atual e poderá crescer ainda mais, considerando a entrada em operação de outros projetos. Um desses projetos é o da Mina Bomfim, em Lajes, que entrará em operação nos próximos quatro meses, produzindo scheelita e ouro. De acordo com o engenheiro de minas Pedro Paulo Batista, diretor da mina, não é possível precisar a quantidade de ouro produzida, uma vez que o foco da empresa é a produção de scheelita. O volume, no entanto, ajudará a incrementar a produção do estado que hoje parece microscópica em comparação com a produção nacional. Em 2009, de quando datam os estudos mais recentes sobre o setor, o Brasil atingiu 56,4 toneladas. No RN, a cifra ainda está na casa dos gramas. Apesar disso, a perspectiva de crescimento da produção potiguar já movimenta a economia local.

Investimento


Só o grupo australiano Crusader, que comprou a Mina São Francisco, deverá investir R$100 milhões no RN. Em nove meses, o grupo já investiu R$4 milhões. Atualmente, a empresa trabalha no plano de engenharia da mina, que dirá como explorar o ouro e por onde começar. O objetivo é produzir 3 toneladas de ouro por ano. Os investidores identificaram uma reserva de 24 toneladas na área, com base nos estudos realizados até o momento. A jazida será explorada durante dez anos. Novas pesquisas identificaram uma possível nova jazida, indicando que pode existir ouro numa área ainda não pesquisada pelo grupo. O ouro será vendido para os bancos. O grupo Crusader tem outras áreas de interesse dentro do RN. "Nos últimos quatro meses, requerimos ao Departamento Nacional de Pesquisa Mineral entre 40 e 50 novas áreas no Rio Grande do Norte, somando 100 mil hectares. Não temos resultados ainda, mas temos boas perspectivas", afirma Robert Smakman, diretor do grupo no Brasil. O interesse, segundo ele, é um só: explorar ouro. Para Robert, a atividade ganhará novo impulso. "E nós queremos ser os primeiros da fila", diz. A empresa goiana Mineração Nosso Senhor do Bomfim, que comprou a mina Bomfim, em Lajes, também está procurando novas oportunidades no RN. Até o momento, a empresa já investiu US$20 milhões no estado. A Hyundai Corporation, companhia coreana que atua em diversos setores econômicos é outra que está atenta a oportunidades. A empresa anunciou, em maio, que estava interessada em requerer áreas e explorar ouro, entre outros minerais, no RN. Em Currais Novos, grupos de investidores italianos e indianos se instalaram recentemente. Segundo José Ferreira de Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico e de Turismo do município, eles estariam interessados em investir na Mineração. No RN, explora-se ouro desde a década de 20, mas de forma rudimentar. A chegada de grupos estrangeiros pode dinamizar o setor. Segundo Carlos Magno Cortez, superintendente do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral no estado, empresas brasileiras não têm o hábito de investir em atividades arriscadas como a Mineração. "No Brasil, as empresas só investem quando tem a certeza do retorno financeiro. E a Mineração é uma atividade arriscada. Você pode investir R$1 milhão em pesquisa e descobrir que não há ouro. Você pode passar a vida investindo numa área para só então descobrir que não havia reserva nenhuma", justifica. Um exemplo disso é a própria Mina São Francisco, vendida e abandonada várias vezes. A extração de ouro no local, ora realizada pelas minas ora realizada pelos garimpeiros, deixou uma marca profunda na propriedade: um vale de 25 metros de profundidade, 80 metros de extensão e 50 metros de largura. É lá que a empresa australiana construirá a nova mina. Reativação de minas move economia A reativação das duas minas de ouro no Rio Grande do Norte já movimenta a economia local. A Mina Bom Fim, administrada pela empresa goiana Mineradora Nosso Senhor do Bom Fim, deverá contratar 350 pessoas na região - 120 já foram contratadas. Enquanto isso, a Mina São Francisco, administrada pelo grupo australiano Crusader, deverá contratar 450. Deste total, 50 já assinaram a carteira de trabalho. Além de contratar mão de obra local, as duas empresas compram o que precisam nos municípios onde se instalam. Só as sondas utilizadas pelo grupo Crusader consomem mil litros de diesel por mês, rendendo aos postos de combustível locais, R$ 230 mil.


Arrecadação


Com a reativação de minas como a São Francisco, na estrada de Currais Novos, o Rio Grande do Norte, segundo Carlos Magno Cortez, superintendente do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral/RN (DNPM), ganha em arrecadação.
"A cada R$1,00 gasto com produção mineral, R$0,35 vai para o estado, através dos impostos. Se uma empresa gasta R$100 milhões no RN, cerca de R$35 milhões vai direto para o governo". Carlos Magno esclarece que a cada emprego direto gerado na Mineração, 13 indiretos são gerados em várias atividades. Para José Ferreira, secretário de Desenvolvimento Econômico e de Turismo do município de Currais Novos, a reativação das minas de ouromove a economia como um todo e beneficia não só Currais Novos, mas toda a região.


Ocorrências são registradas em pelo menos 10 municípios


Segundo o geólogo Otacílio Oziel de Carvalho, professor do IFRN, o RN tem, pelo menos, 10 municípios com alguma ocorrência conhecida de ouro. "Entretanto, apenas Currais Novos e Lajes já produziram ouro em escala industrial", esclarece. Segundo dados do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral verificados no dia 09 de junho deste ano, existem 2.605 processos ativos registrados no Rio Grande do Norte. Deste total, 302 são para pesquisa de minério de ouro e de ouro. A quantidade de processos ativos, segundo Otacílio Carvalho, comprova que o ouro é um dos bens minerais mais pesquisados no RN, junto com ferro e calcário. O preço da grama de ouro, por sua vez, justifica o interesse dos grupos nacionais e estrangeiros. No dia 06 de junho, o minério atingiu a cotação de US$ 1.552,60/onça troy (31,1g) -R$ 79,08/grama.
Mesmo com ocorrência conhecida em pelo menos 10 municípios potiguares, é em Currais Novos e Lajes que a atividade se desenvolveu. Em Lajes, a Mineração Nosso Senhor do Bonfim já iniciou a produção de ouro associado a schelita, molibdênio e bismuto de forma experimental. Segundo o engenheiro de minas Pedro Paulo Batista, diretor da mina, ela deverá entrar em operação em quatro meses. Enquanto isso, o grupo Crusader avança com as pesquisas na Mina São Francisco. A expectativa é que a mina comece a operar no início de 2013, elevando a produção potiguar de gramas para toneladas.


Participação de garimpos encolhe


A exploração de ouro teve seu apogeu no período colonial, quando o Brasil se tornou o maior produtor de ouro do mundo. Logo em seguida, a atividade entrou em declínio, sendo retomada apenas na década de 70. Na época, os garimpos empregavam mais de um milhão de pessoas e respondiam por 80% da produção nacional. Hoje, a proporção se inverteu e os garimpos, que exploram o minério de forma artesanal, não respondem nem por 20% da produção nacional.
Em 1988, a produção de ouro no Brasil atingiu o pico de 112,6 toneladas. Em seguida, a atividade entrou em declínio novamente, atingindo o menor patamar em 2003, quando o Brasil produziu 40,4 toneladas. Nos últimos 11 anos, a produção tem aumentado, mas de forma lenta. Em 2009, dado mais recente apresentado pelo DNPM, o País produziu 56,4 toneladas de ouro. A expectativa é que a produção chegue a 83,7 toneladas em 2030, segundo projeções do DNPM. Para atingir este patamar, será necessário investir cerca de US$ 2,1 bilhões na atividade. O número de empregos gerados deve subir de quase dez mil para 15 mil trabalhadores. Segundo a 30ª edição do Sumário Mineral, estudo mais recente disponibilizado pelo DNPM, as reservas lavráveis de ouro no Brasil estão concentradas nos estados de Minas Gerais (48,8%), Pará (36,9%), Goiás (6%), Mato Grosso (4,6%) e Bahia (3,7%). Juntos, os cinco estados respondem por 90% da produção nacional. No mundo, as reserva de ouro superam 90 mil toneladas. No Brasil, chegam a 1,95 mil toneladas, incluindo as reservas de ouro associado ao cobre. As reservas lavráveis de ouro no Brasil, segundo o DNPM, têm se mantido relativamente estáveis desde 2002, quando somavam 1,93 mil toneladas.

Fonte:
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/ouro-impulsiona-investimentos-no-rio-grande-do-norte/184998

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Secretária de Saúde fala sobre instalação do SAMU e da UPA em Caicó

Em entrevista ao repórter Paulo Júnior,a Secretária Municipal de Saúde, Lúcia Batista confirmou que o SAMU será implantado em Caicó no segundo semestre de 2011.

“Para isso é necessário que o município tenha uma UPA. Então, a UPA, a unidade de pronto atendimento 24 horas, vamos viabilizar esse novo empreendimento em saúde pública no município e estamos fazendo o projeto e enviando para o Ministério da Saúde. Mas aqui em Caicó, será diferente. Nós não estamos querendo recursos para construção de uma nova estrutura de UPA, pois o coordenador do SAMU, Dr. Rodrigo achou maravilhosa a estrutura tanto do Hospital Regional como do Hospital do Seridó, mas entendemos que a UPA não é para ser instalada dentro de uma unidade hospitalar. Como o Hospital do Seridó é hoje referência para obstetrícia e pediatria, nós vamos implantar a UPA no Hospital do Seridó, na antiga urgência do hospital”, disse a Secretária Lúcia Batista.

Os recursos serão para estruturar, ampliar, reformar e equipar o hospital do Seridó, onde será a UPA. O projeto é online e está sendo viabilizado.

“O Hospital passa por algumas dificuldades de financiamento na parte de obstetrícia e pediatria. Mas eu acredito no engajamento da nossa classe política para que isso seja sanado. O nosso município é prioritário para redução da mortalidade materno infantil. Estamos enviando um ofício para o Governo do Estado, pedindo que os serviços de obstetrícia e pediatria recebam uma contrapartida da Secretaria Estadual de Saúde, já que esses serviços não são somente para Caicó”, ressaltou a Secretária Lúcia Batista.

Ela confirmou que está marcando uma audiência com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para mostrar a importância desse serviço e que precisa de um financiamento do Governo Federal, já que o plano da redução é do Governo Federal.

“Também estamos vendo a implantação da Rede Cegonha, que é um projeto da gestão Dilma Roussef e são vários projetos que precisam ser bem analisados e postos em prática, para que a nossa população tenha uma assistência digna, humanizada e cidadã”, concluiu Lúcia Batista.

Fonte: http://glaucialima.blogspot.com/

domingo, 5 de junho de 2011

Morre o poeta cordelista Chico Mota


Em julho de 2007, Chico Mota foi agraciado com a Comenda de Honra ao Mérito Vila do Príncipe, concedida pela Câmara Municipal de Caicó

Chico Mota (1º da esquerda) – Anos 60 nos estúdio da Rádio Rural (AM)

Encontrado morto na manhã deste domingo 05 de Junho, em Caicó, o poeta cordelista e violeiro Francisco Fernandes da Mota (Chico Mota), de 86 anos de idade. O poeta cometeu suicídio e de acordo com informações de familiares, o corpo foi encontrado pendurado em uma corda, amarrada ao torno do quarto da residência em que morava na rua José Eustáquio, no bairro Paraíba. A familia confirma que Chico Mota vinha se sentindo depressivo, ultimamente.

Chico Mota é um dos pioneiros dos programas de viola do rádio seridoense. Ele apresentava há 48 anos o programa "Violeiros da Rural", desde a fundação da emissora Radio Rural, em 1963. sem contar que é um dos mais antigos e conhecidos violeiros em atividade do Rio grande do Norte. Além disso, fez uma das duplas mais famosas do rádio norte-rio-grandense com o também violeiro e poeta Cícero Nascimento.

Publicou livros e gravou CDs, contando histórias do povo em poesia. Em julho de 2007, Chico Mota foi agraciado com a Comenda de Honra ao Mérito Vila do Príncipe, concedida pela Câmara de Caicó. De temperamento amistoso, bem humorado e militante da cultura popular. A dor na alma foi fatal para o poeta. Chico Mota, como era conhecido no mundo dos repentistas, era pai do ex-vereador Dinarte Mota, do radialista e ex-candidato a vereador, Djalma Mota entre outros filhos. Não era apenas um expoente da cultura do Rio Grande do Norte, era também um bom amigo, bom pai, um grande homem.

Chico Mota

Francisco Fernandes da Mota nasceu aos 23 de outubro de 1924, filho de Henrique Ferreira da Motta e Maria Elvira Fernandes, na Fazenda Dinamarca, município de Catolé do Rocha, Paraíba.

Começou a trabalhar na agricultura aos 10 anos de idade e viveu na zona rural até 1963.


Em 1949, deu início à profissão de violeiro.


Em 1955, na cidade de São Bento (PB), casou-se com Hermínia Joaquina Alves, com quem vive até hoje e que lhe deu uma prole de 10 filhos.


Em 1º de maio de 1963, criou, juntamente com o violeiro-repentista José Soares Sobrinho
(in memorian), o programa de rádio Violeiros do Seridó.

Em sua trajetória como poeta, é autor de vários cordéis e já publicou 3 livros:


  • Veredas Nordestinas
  • Trovas etc. (contos) e
  • Violas e Cantadores

Gravou 5 CDs, sendo 4 em parceria com outros cantadores.

Sócio efetivo do Clube dos Trovadores do Seridó/CTS, ocupa a cadeira número 9, que tem como patrono Júlio César da Câmara. É membro da Academia de Trovas do Rio Grande do Norte - ATRM, ocupante da cadeira número 38, cujo patrono é o acadêmico José Gotardo Emerenciano Neto.


Nos seus 61 anos de repente e aos 85 anos de idade, continuará ativo na memória de todos. Descanse em Paz.


http://violadechicomota.blogspot.com/

Ivanilson Barros Júnior


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Caso F. Gomes: defesa de Lailson dá entrada a habeas corpus no TJ

Por: Fred Carvalho - Editor/Tribuna do Norte

A defesa do comerciante Lailson Lopes, acusado pela polícia e pelo Ministério Público de ser o mandante do assassinato do radialista F. Gomes, entrou com pedido de habeas corpus para que ele responda o processo em liberdade. O relator do pedido será o desembargador Virgílio Fernandes de Macêdo Junior.

O habeas corpus foi distribuído, por sorteio, às 12h45 desta sexta-feira (3). Às 14h57, segundo o site do Tribunal de Justiça, o pedido foi concluso e remetido ao desembargador Virgílio Macêdo Júnior.

O documento, assinado pelo advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, requer a concessão de "habeas corpus com pedido de liminar, em favor deLailson Lopes, face prisão preventiva decretada em desobediência aos pressupostos contidos no artigo 312 do Código de Processo Penal, devendo, pois, ser expedido alvará de soltura para que o paciente responda, em liberdade, todos os atos do presente feito até seu julgamento final".
O artigo 312 do CPP estabelece que "a prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria".

Como o pedido é liminar, significa que Lailson Lopes, que está preso na cadeia pública de Caraúbas, poderá ser posto em liberdade o mais breve possível, caso assim entenda a Câmara Criminal.

Fonte: www.tribunadonorte.com.br/noticia/caso-f-gomes-promotor-da-parecer-contra-soltura-de-lailson/181273

Veja mais Caso F. Gomes:

promotor dá parecer contra soltura de Lailson

www.tribunadonorte.com.br/noticia/caso-f-gomes-promotor-da-parecer-contra-soltura-de-lailson/181273

Dão alega que agiu em legítima defesa para matar F. Gomes

www.tribunadonorte.com.br/noticia/dao-alega-que-agiu-em-legitima-defesa-para-matar-f-gomes/181055

Acusado de ser o mandante da morte de F. Gomes garante inocência

www.tribunadonorte.com.br/noticia/acusado-de-ser-o-mandante-da-morte-de-f-gomes-garante-inocencia/181045

Advogado da família de F.Gomes diz que provas contra réus são convincentes