População espera atendimento médico em horário noturno e volta sem conseguir
Na noite de ontem, sexta-feira dia 28 de maio mais uma vez as urgências dos principais hospitais da cidade não contaram com a presença médica nos plantões noturnos. Como falei em notícias anteriores, os plantões das sextas-feiras são um problema de ordem crônica. Novamente o blog O SERIDÓ esteve nos dois hospitais e constatou a falha, e por que não dizer o descaso com a população que procura atendimento médico de urgência.
No Hospital regional, o médico de plantão na UTI revezava-se entre a emergência e o setor de unidade de terapia intensiva numa forma de amenizar a situação. Muita gente procurou atendimento, e quando sabiam que existia um médico na unidade insistiam um atendimento rápido, numa forma de não voltarem para casa sem uma assistência especializada. Lembrando novamente que o médico pressionado pela população para atendimento tira o plantão na UTI e não na urgência.
Outros pacientes eram informados sobre a falta do médico e voltavam com suas respectivas dores, ou problemas. Novamente vi e constatei que não foram poucas as pessoas que voltavam. Presenciei a chegada de ambulâncias de outras cidades, idosos e adultos que inconformados recebiam a noticia.
Segundo a enfermeira chefe, os médicos não estão ficando no plantão, por estarem “cansados” de muitas pessoas que procuram atendimento que, segundo eles (médicos) são atendimentos que postos de saúde podem resolver. Hoje, o médico estava no plantão até as 19h, mas “cansado” retirou-se da unidade hospitalar alegando o problema de “inflamação de pessoas na urgência”.
Para piorar a situação dos que procuram o Hospital Regional, o jogo de empurra para o Hospital do Seridó continua. Funcionários avisam aos pacientes que no Hospital do Seridó tem médico e quando chegam nessa unidade também não há atendimento. Numa forma de confortarem os pacientes, essa falsa informação sempre é usada.
É uma falta de caso com a população que a míngua de atendimento ainda precisa passar por situação de desconforto como essa, de atravessar a cidade e não encontrar atendimento em nenhuma das duas unidades.
Parece que o problema está longe de ser resolvido. Pela terceira vez, a noite das sextas-feiras, a população de Caicó fica sem atendimento de urgência nos hospitais. A saída é se agarrar com Deus e rezar muito para que o pior não aconteça.
Ivanilson Barros Júnior
2 comentários:
Só sabe o que é a saúde de Caicó quem precisa dela. Não sei se o problema vem de cima, má remuneração, desorganização, enfim. O que sei é que quando precisamos de um médico nos deparamos com um "ele viajou", "ele tá dormindo só pode acordar se for emergência", ou um simples "ele não está". Além disso mais de 50% dos profissionais utilizam métodos ultrapassados, ou seja, não prestam um atendimento de qualidade por falta de compromisso com o conhecimento, não se atualizam e não são humanziados. Outra vergonha foi o processo seletivo que selecionou de modo "politicamente incorreto" os profissionais de saúde. Como pode num processo avaliativo a entrevista valer mais pontos que o currículo? Pois bem, profissionais capacitados com mestrado e especializações foram deixados de fora para que profissionais de nível mais baixo pudessem assumir essas vagas. Quem precisar ir ao SESP saiba que está indo direto ao matadouro. Lá morre-se por nada. Parece até que todos os médicos se especializaram em "injeção" e hajam bundas e braços inchados.
Pois é... isso é vergonhoso pra uma cidade como Caicó, que vem crescendo tanto, mas mostra-se bastante arcaica nesse aspecto!
Com certeza ta faltando investimento da propria prefeitura na área hospitalar, e tbm uma maior "força de vontade" por parte dos medicos caicoenses,que se formam, fazendo juramentos e mais juramentos dentro da ética médica, porem na hora da necessidade da populaçao, nao estao disponíveis!!
Enfim.. acredito eu, que so haverá uma melhora nesse serviço, qnd a prefeitura mostrar-se disposta a investir, e qnd houver medicos dispostos realmente a exercer sua profissao!!
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